A manchete deste domingo da Folha de S. Paulo aponta que um dos objetivos centrais da reforma da Previdência é criar o regime de capitalização. Com esse novo regime, o trabalhador continua a pagar entre 8% e 11% do seu salário para a Previdência, mas os empresários ficam isentos de pagar a sua parte, que é de 20% sobre a soma dos salários. Essa medida provoca grande diminuição nas receitas previdenciárias e desmascara o discurso oficial de que a reforma pretende enfrentar o alegado déficit da Previdência. Para dificultar a resistência a essas perversidades, simultaneamente o governo de extrema-direita age para enfraquecer os sindicatos. Sua primeira medida foi acabar com o Ministério do Trabalho (Medida Provisória 870/19) e repassar a área de registro sindical para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. No início do Carnaval, a Medida Provisória 873/19 quer quebrar as finanças sindicais, acabando com o desconto em folha das receitas dos sindicatos e exigindo exclusivamente pagamento por boletos bancários, com prévia autorização individual do trabalhador, de toda contribuição sindical. É a ditadura contra o trabalhador e sua organização de classe. Derrotar essas medidas e a PEC da reforma da Previdência são tarefas inadiáveis da conjuntura!